Este artigo examina o discurso em torno das redes comunitárias (CNs), que são redes de telecomunicações de propriedade e operação locais destinadas a atender comunidades rurais no Sul Global. Com base em uma extensa pesquisa de casos em várias regiões, incluindo Argentina, México, Índia, Indonésia, África do Sul e Uganda, além de seu envolvimento ativo no movimento africano de CNs, o autor esclarece as principais tensões. A análise destaca que a defesa das CNs frequentemente negligencia o conceito de “pooling”, ou seja, as práticas que geram, mantêm e usam recursos compartilhados. Além disso, o artigo destaca a tendência de priorizar métricas monetárias em detrimento de avaliações diferenciadas dos custos e benefícios da conectividade humana. Essa ênfase não apenas reforça as desigualdades dentro dos NCs, mas também aprofunda os laços com as estruturas capitalistas, minando a coesão da comunidade. Em última análise, o artigo sugere que essa dinâmica pode prejudicar o potencial de surgimento dos NCs como alternativas sustentáveis ao poder centralizado das telecomunicações.